domingo, 13 de setembro de 2015

As noites frias de verão têm sido o meu fim. Não tenho uma explicação plausível para aquilo que tenho vindo a sentir. Não houve nenhuma catástrofe ultimamente... Os meus pais estão bem, os meus avós estão ótimos e juntinhos a mim, a minha família tem estado unida, não tenho tido nenhum problema de saúde e nem sequer estou apaixonada para poder sofrer de amor. Mas, como o ser humano é estupidamente insatisfeito, e por terrível que isto seja de escrever, é natural que eu tenha este tipo de sentimentos...
Tenho andado a pensar em montes de coisas, e todos os dias faço promessas para comigo própria, que anunciam que a reviravolta está aí à porta. Mas porra... É tudo tão vago. Hoje escrevo porque necessito de as expor. Tem de haver um local onde elas estejam, para que eu não tenha desculpas. É frustrante lutar por objetivo durante anos a fio e enganar-me a mim própria de tal forma que até eu tenho pena de mim. Toda a gente à minha volta toma um partido, ganha forças e alcança o meu objetivo. Na verdade, elas focam-se no delas. Mas eu acho que tudo aquilo é para me provar que... é possível. Depois de tanto (falso, incorreto, desgastante, ridículo) esforço, eu sinto que estou a chegar ao fim da linha. Eu preciso tanto, mas tanto de encontrar um rumo... Tornar-me mais forte que tudo o que é mais forte do que eu. Morro de medo de não conseguir. Vivo camuflada em roupas largas durante o dia e à noite prometo que no dia seguinte tudo será diferente. Entretanto e sem eu reparar, tudo foi igual. Todos os mini esforços são sobrepostos e esquecidos por insignificâncias que são significantes. Não há elogios que me valham e sempre que me criticam, só me quero enfiar em túneis com rumo ao centro da Terra. Amanhã é um novo dia. Vim aqui para garantir que é a partir de amanhã que a minha vida vai mudar. Não sei muito bem no que acredito, mas farei de tudo para que as energias positivas envolvam a minha vida. Está na hora de ser feliz.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

É hoje. É hoje que tudo muda e que tudo perde a força que me tem levado a ser infeliz. É hoje, dia um de junho, que vou voltar a dar tudo para que a minha auto-estima volte. Não importa aquilo que tenho de perder, o que importa é o foco que tenho de ganhar. A partir de agora, deste preciso momento, não há nada,  mas mesmo NADA desta vida que me tire de orbita. Eu vou conseguir. Sublinho. Eu vou conseguir!

domingo, 18 de janeiro de 2015

Olá querida dona,
Antes de mais, quero apresentar-me. Chamo-me consciência e vivo em ti sem que algum dia tenhas reparado. Sou eu a responsável pela transmissão de todos os estímulos que recebes do exterior, por cada atitude correta que tomas e pela sensação de vida presente em ti. Sou a tua arma secreta contra as noites mal dormidas e quando não me utilizas devidamente, sou também a causa das insónias nas noites gélidas de inverno. Para ser mais precisa, consigo definir-me numa frase: Sou a tua melhor amiga e a tua pior inimiga.
Escrevo-te para que tenhas uma melhor noção daquilo que tomo como função e do quanto precisas de mim. Por exemplo, há uns dias, depois de teres discutido com a tua mãe, foste para casa e a minha função foi mostrar-te o lado dela, a razão dela e o quão teimosa estavas a ser ao continuar a insistir numa coisa tão pouco relevante. Daí a sociedade usar expressões como "Pôr a mão na consciência" ou "Consciência pesada".
Todos os dias me contronto com o meu maior rival, que tem um nome idêntico ao meu mas cujo prefixo tudo muda. Subconsciente. Sabes do que se trata? É aquele que mais trabalho me dá. Discorda de todos os sermões que te dou, sempre que tento que ajas com o cérebro, ele faz com que ajas com o coração- ou sei lá eu bem com quê. O subconsciente é o meu antónimo, e estou certa que todas as tuas atitudes menos corretas partem dele. Se quiseres definir-nos numa imagem, podes definir-me como o céu e a ele como o inferno. A mim como a boazinha e a ele como o mauzão. Acredita que é difícil combatê-lo, mas eu sou forte e ouvi dizer que o bem vence sempre!
O real motivo da minha carta centra-se no facto de querer que comeces a ouvir-me mais a mim do que a ele, pois sinto que tens vindo a sofrer bem mais do que o suposto.
Para terminar, quero que saibas que apesar de não teres noção de quem sou, vou continuar a viver lado a lado contigo, mostrar-te os caminhos certos e diferenciar cada ação boa de uma menos boa.
Espero que me dês mais alegrias,
Consciência.
Ps: Espero que não te zangues por te ter tratado por tu.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Sempre amei escrever. Desde que me conheço que fui ligada a isto de utilizar palavras para me livrar das explosões interiores e nunca houve nada que resultasse tão bem quanto esta técnica. Todos sabemos que o português é traiçoeiro, e que a palavra "técnica" está muito mal aplicada neste contexto. Escrever é muito mais do que uma técnica de alívio de pressão interior... Escrever é muito mais do que tudo e muito menos do que nada. Mas agora tentando dar um pouco de sentido às minhas palavras, gostava de expressar todo o medo que acarto comigo e que não transpareço para ninguém- ou pelo menos, tento não transparecer. Sinto que todas as batalhas pelas quais passei foram ganhas e com distinção, mas no início de cada nova batalha, surge o medo e o pânico de não estar à altura. Mas caramba, se estive à altura das outras todas... Por que é que não haveria de estar desta vez? A mãe e o pai dizem que eu sou uma lutadora, ambiciosa e aplicada. Eu gosto tanto de ouvir elogios daqueles que gostam de mim e que são próximos. Ninguém imagina o quanto me aquece o coração quando reconhecem o meu trabalho... Dá-me uma vontade gigante de trabalhar dia e noite. Para sempre. Quero construir todo o meu futuro com base nos valores que me constituem... E quero continuar destemida. Sei que sou capaz disso e de muito mais! 
"Sou carneiro... Tenho o infinito nos cornos!" - Dulce Pontes

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Oh, mas que parvoíce esta de pôr um fim no que nunca começou...! Mas que ideias loucas têm percorrido a minha cabeça a velocidades astronómicas... E que ilusões têm feito o meu coraçãozinho sofrer! Nada daquilo pelo que tenho passado faz sentido, e nada daquilo que eu penso que sinto é credível. Ou melhor, não há nada mais parvo do que ter posto na cabeça que estava a começar a gostar de ti. Mas que estupidez! Como posso eu gostar de alguém que ainda não explorei, e que, sobretudo, está tão "out" daquilo que me cria enquanto pessoa? É mais do que óbvio que a solução para o meu problema se baseia em tirar estas ideias absurdas da minha mente, passar um pano, uma esfregona ou seja o que for para que não reste qualquer tipo de vestígios. Eu adoro-me, e vou cuidar de mim. Custe o que custar!

domingo, 16 de novembro de 2014

Esta nova fase da minha vida tem sido completamente alucinante. As pessoas têm correspondido exatamente com aquilo que eu mais queria e sempre sonhei. Ambiente fantástico, entreajuda, carinho, cumplicidade e lots of funny à mistura. Tem sido incrível partilhar minutos, horas, manhãs, tardes e até dias inteiros com estas novas pessoas! Tenho adorado partilhar bocadinhos da minha vida com pessoas incríveis, e hoje até recebi um dos maiores elogios que me podem dar! Ninguém imagina o quão bom foi para mim mudar de ares. Sempre acreditei que somos feitos daquilo com que convivemos, e toda aquele sedentarismo estava a começar a fazer-me mal... Mudar é tão bom! Rezo para que tudo continue deste modo, apesar de rezar não ser o meu forte e de eu nem saber o porquê das pessoas o fazerem. Amo toda esta nova vivência, estou apaixonada pela minha vida... E sabe-se lá mais pelo quê... Ou por quem.

sábado, 8 de novembro de 2014

Uma folha é branco é a maior dádiva de sempre. Mil experiências para partilhar, milhares de horas passadas desde a última vez que escrevi um texto e nem por isso as palavras surgem mais fluentemente. Tenho saudades de me encontrar comigo de vez em quando, mesmo que fosse só aos fins de semana. Tenho saudades da facilidade com a qual depositava experiências e ingenuidade tão facilmente como um átomo instável capta ou perde eletrões. A minha vida anda demasiado atribulada e não há nada que me preencha mais como saber que estou a dar tudo de mim! Vivo tudo a mil quilómetros por hora e nem por isso consigo desistir. Estou completamente racional e não há espaço para sentimentos, para fragilidades ou carências. A vida segue científica e muito alegre, porque as pessoas que me rodeiam têm feito com que o sorriso prevaleça no meu rosto. Com pessoas destas vale realmente a pena conviver. É claro que há A pessoa que eu sinto a falta, que há A pessoa que eu queria ao meu lado todos os dias, mas uma verdadeira amizade aguenta a distância. Agora é mais um mês e meio até que tudo se torne mais leve. Até lá, querido amigo.