sábado, 21 de setembro de 2013

eu nem sei o que escrevi.

Os dias passam com tanta rapidez que no fim do dia só quero voltar ao próximo fim e o início assusta-me. Mas é um medo bom, como se eu tivesse medo do que sei que não vai acontecer, e portanto as certezas de manter o que me faz bem (ou mal) longe, conforta-me. Permaneço nas minhas dúvidas, derramo as minhas lágrimas,- que são minhas, vêm do meu mais puro eu, e essas ninguém mas tira; nem mesmo quando secam em todos os cantos da minha face- aceito o meu ser e vivo como se nada faltasse. Porque nada falta. Afinal, o amor chega, a amizade transborda, os pais fazem tudo por mim e tudo me encanta. Sim, mas não. Não porque o amor chega mas não é o amor. Porque a amizade transborda mas nem é por ser verdadeira. E os pais... Oh, eu não vivo sem eles e nem eles sem mim, mas eu preciso de consenso e calma. Os meus sonhos são complicados de alcançar e nem por isso posso desistir da minha luta diária. Nunca. Nem pensar. "Eu sei que és muito perfecionista e gostas de levar as coisas direitinhas, mas se não fizeres agora, o mundo não acaba!". Sou tudo o que tu dizes, e isso mexe comigo de uma forma incrível. Mais uma vez, as lágrimas caem e eu não tenho como as segurar. Nada de tristeza, tudo de frustração. Porquês e mais porquês e razões pelas quais tudo corre bem aos de fora... Pára. A ti tudo te corre bem, de que te queixas? Meninos a morrer por todo o mundo, taxa de doenças como a obesidade a subir drasticamente, milhares de pessoas a morrer de cancro todos os dias, e porquê que nada haveria de estar bem comigo? Obrigada, Deus, por me dares força para continuar a lutar por todos os objetivos. Mantém os meus portos de abrigo comigo, cuida de quem tens de cuidar. Da minha felicidade eu trato. Prometo.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

relações inflamá(veis)das

Quem sou eu para te suplicar que não me abandones, quando proporcionar-te a felicidade que tu queres não é algo que esteja ao meu alcance?
Tudo começa em mares de rosas, rosas com azuis bebés, tudo bastante amplo e demasiado perfeito para se assemelhar sequer à realidade em que vivemos. Tudo parece lindo, nada de zangas e nada de desistências porque afinal nós ficaremos juntos até ao fim, lutaremos sempre por nós e pela nossa relação! Mas ups, surgem as primeiras zangas. Os primeiros arranhões, as primeiras feridas, os obstáculos que nós encaramos como maneiras de ir conhecendo melhor as pessoas que estão connosco, e de sermos cada vez melhor conhecidos por quem amamos. Passam-se tempos, vão havendo discussões sempre no mesmo ritmo, e eu vou atenuando a tua dor. Vou fingindo que não me dói só para não arranjar discussões, vou esquecendo e apagando e aceitando só porque tu aceitas coisas minhas que mais ninguém aceitava. Vou valorizando as melhores partes de ti para ir esquecendo as piores, e sempre que elas surgem eu fecho os olhos  porque - oh, porque ... - eu sei que elas vão desaparecer dentro de instantes e ficar tudo bem. São como flashes que magoam os olhos, mas mal desaparecem, a claridade encarrega-se de os curar. Vai tudo custando, cada vez mais, enchendo, magoando, sem ninguém reparar. Nem mesmo eu. A única coisa em que eu reparo, é nos meus erros. Erros, que não são erros, são apenas maneiras de viver. A minha ainda é muito manobrada e manipulada por quem manda em mim, e tu tens de estar numa relação comigo e com quem manda em mim. Por muito que custe, eu não sou superior a isso. Foste avisado desde o início, mas a esperança de que tudo fosse melhorando e nada fosse assim tão complicado permanecia, mas hoje sabemos que tudo custa e nada é assim tão fácil. O nível de saturação por ambientes estragados, por não compreenderem a minha situação e por não nos quererem ver juntos é demasiado grande para continuar a lutar mais uma semana. É só mais uma semana, que nós conseguimos aguentar perfeitamente. Gostava de implorar que me compreendas, mas quem sou eu para te prender a mim, quando tantas outras raparigas te podem dar - de mãos largas - tudo aquilo que não tens e tão cedo não terás comigo? Eu gosto de realmente de ti, mas não sei até quando aguento deixar-te nestas condições. Deixo tudo nas tuas mãos, novamente, sendo que da primeira vez correu tudo pelo melhor.