sexta-feira, 30 de agosto de 2013

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Chora, Mafalda. Chora porque chorar faz bem e porque tudo o que tu precisas é de deitar umas boas de umas lágrimas. Não serves para nada. Nadinha, nem enfrentar pessoas tu sabes. Deixa que façam contigo o que querem, deixa! Continua a chorar, mas tem cuidado para que os teus pais não te vejam. Cuidado, contínua a olhar pela porta e a apreciar a lua pela janela, não sabes fazer mais nada a não ser ver tudo de longe. A culpa não é tua, é de quem não te deixa viver. Estou cansada do ambiente, das discussões, da falta de compreensão, da fuga de respeito, de tudo. Neste ambiente não dá para viver, estas coisas já só nos vão matando aos bocadinhos. Pessoas que nada fazem o dia todo, e só querem compreensão, como se fossem os mais incompreendidos de sempre pelas razões mais doidas do mundo. Se não te compreendemos, é porque tu não tens qualquer lógica. Tudo se tornam problemas, não existem soluções, tudo vos desgasta e não se cansam de me dizer que passo a vida refugiada. Mas é claro que passo, as únicas coisas que eu aprendo são as farsas,  as formas de fingir uma relação depois de tantas coisas que já não voltam e se sabe que não voltam. Rumando para o abismo, dia após dia mais perto, e pôr ponto final parece impensável. Não percebo, tudo me faz confusão e pareço a Rapunzel presa na sua torre. Ou deixas crescer o cabelo como a Rapunzel, ou vais ter de ter aí muitos lençóis, amor. Eu só queria ter-te aqui, ou pelo menos poder desfrutar da tua companhia quando tudo o que eu preciso é de alguém que me escute, me compreenda e se cale. Só quero um ponto de abrigo, só quero um lar para morar sem discussões e farsas e mentiras e boas intenções sem qualquer tipo de sentido. Só quero que me deixem viver, que me escutem e que percebam que se me tiram aquilo que eu mais quero, eu morro. Morro para vocês, por uns tempos. E tu, meu amor, tu vê se me aguentas. E se tens mais paciência ainda, é aquilo que eu te peço. O resto eu deixo nas mãos do meu Alguém Superior (que eu sei que existe) e que há-de me ajudar. E me guardar. E me ensinar a viver com estes problemas que parece que não acabam, acrescidos a um sofrimento nas palavras que ninguém vai sentir, e disso eu sei. Texto horrível, desmotivado e triste. Ai, onde andas, meu eu feliz? Devolvam-me o brilho, preciso dele para ser a... Rapunzel. 

1 comentário:

  1. o problema é dos filmes. os meus são de terror, os teus são de princesas.

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