As nossas discussões estão a tornar-se rotina e os meus nervos também começam a vir ao de cima vezes a mais. Começo a pensar que o problema não está só na minha mãe, mas sim na base não-fortificada-o-suficiente da nossa relação. Se nós quiséssemos, isto não dava tantos problemas como está a dar. Mas oh, discutir é tão fácil... Acredito que saiba bem. Aliás, discutir não é discutir. Tens razão, discutir é falar. Mas caramba, falar magoa. Tu magoas-me assim, e estar numa relação à distância é tão mau para ti como estar numa relação em que se discute todos os santos dias para mim. Estou a ficar farta. Farta do sentimento de culpa, de não conseguires ver o meu lado nem ver espaços de bondade em nada do que faço! Junto a todo o cansaço dessas coisas, ainda vem o facto de ter medo. Medo que te canses, medo que não lutes e que desistas. Mas por outro lado, estou descansada. Isto só vai servir para ver se a nossa relação é assim tão verdadeira, e se sobrevive a isto. Dizer quem está a errar e apontar o dedo a algum de nós é impossível, porque ambos temos bocados de culpa. Só espero que aquilo a que tu chamas de falar e que eu sinto como discussões, não acabe com tudo o que construímos. Que pode não ser muito, pode não ser perfeito nem maravilhoso, mas é nosso. É o nosso nós. E depende de nós prender ou desprender os nós que nos ligam, de todas as formas possíveis e imaginárias. Com isto só descubro que te amo. Mas nenhum sentimento desses fará com que eu desligue de quem sou, e deixe as calças em casa. Só isso.
como assim tu achas que usas as calças? :o
ResponderEliminarchama-se cérebro.
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