Começo por dizer que hoje só estou bem a dormir. Escrever não me cativa, já nem filmes eu consigo ver. Estou cansada de tentar exprimir o que sinto contigo, que és quem supostamente devia saber de tudo o que faz parte de mim. Perguntar acerca dos meus problemas, esclarecer-me acerca dos teus e fazer mais perguntas em relação ao que me magoa e me fere, não seria uma boa ideia? Não consigo lidar com falhas dessas. Magoa-me que não percebas que quando eu digo "O céu é azul.", eu queira dizer "O céu é azul, mas a minha cor preferida é rosa.". Não vês para além do visível, e mesmo eu sabendo que não fazes por mal, magoas-me mais do que se qualquer outra pessoa não quiser saber dos meus problemas. Porque és tu, porque estamos nisto juntos, porque eu preciso que me conheças como a palma da tua mão. Mas não... Nem é bem isso, porque receio que nem a ti te conheças. Vives tanto do "Se não estou bem, tenho de me pôr", que acabas por nem te tolerar qualquer tipo de fragilidades. Então acabas por não mas tolerar, quando tudo o que eu preciso é tolerância. Mas eu não estou contigo quando precisas de contacto, porque por vezes preciso de distância. Então somos opostos, que vão combinando. Vamos vivendo. Gostamos um do outro, estamos juntos, mas o que existe entre nós são momentos perfeitamente bons, e paredes bem definidas. Paredes que começamos a derrubar, mas que só com muito tempo e com muitos moldes das nossas complicadas personalidades hão-de ser completamente derrubadas. Tenho medo, e acredita que a cada noite ganho um pouco mais de medo. Só espero que os obstáculos sejam possíveis de ultrapassar, e as pedrinhas no caminho nos ajudem a construir o castelo... Aquele da bela adormecida, onde ainda te hei-de convencer a casar.
se queres continuar, agarra-te à última frase.
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