As nossas discussões estão a tornar-se rotina e os meus nervos também começam a vir ao de cima vezes a mais. Começo a pensar que o problema não está só na minha mãe, mas sim na base não-fortificada-o-suficiente da nossa relação. Se nós quiséssemos, isto não dava tantos problemas como está a dar. Mas oh, discutir é tão fácil... Acredito que saiba bem. Aliás, discutir não é discutir. Tens razão, discutir é falar. Mas caramba, falar magoa. Tu magoas-me assim, e estar numa relação à distância é tão mau para ti como estar numa relação em que se discute todos os santos dias para mim. Estou a ficar farta. Farta do sentimento de culpa, de não conseguires ver o meu lado nem ver espaços de bondade em nada do que faço! Junto a todo o cansaço dessas coisas, ainda vem o facto de ter medo. Medo que te canses, medo que não lutes e que desistas. Mas por outro lado, estou descansada. Isto só vai servir para ver se a nossa relação é assim tão verdadeira, e se sobrevive a isto. Dizer quem está a errar e apontar o dedo a algum de nós é impossível, porque ambos temos bocados de culpa. Só espero que aquilo a que tu chamas de falar e que eu sinto como discussões, não acabe com tudo o que construímos. Que pode não ser muito, pode não ser perfeito nem maravilhoso, mas é nosso. É o nosso nós. E depende de nós prender ou desprender os nós que nos ligam, de todas as formas possíveis e imaginárias. Com isto só descubro que te amo. Mas nenhum sentimento desses fará com que eu desligue de quem sou, e deixe as calças em casa. Só isso.
terça-feira, 30 de julho de 2013
sábado, 20 de julho de 2013
moldar sem mudar, amar sem dizer
Escrever mais um dos textos giros sobre meses e dias e tempo que estou contigo seria demasiado vulgar, e escrever sobre o bom comigo é raro. O mau soa sempre melhor, o mórbido funciona bem e as pessoas afogam-se em palavras tristes mais facilmente do que regressam à superfície com palavras contentes. Dizer que gosto mesmo de ti não é necessário porque tu sabes, mas por vezes faz bem. Apesar de todas as confusões da minha cabeça unida com o meu coração- nas quais tu vives- eu sei perfeitamente aquilo que sinto. Mesmo que não te diga, mesmo que eu tenha medo de enfrentar o tão desejado Amo-te, eu sei que vou conseguir dizê-lo em breve. Fazes esforços por mim e pela nossa relação, porque raio não haveria eu de fazer o mesmo? Conseguir enfrentar os meus medos é a melhor prova de amor que poderei algum dia dar-te, e se ta der... Não me quebres! Ai, como eu gostava de conseguir mostrar-te que também não te vou quebrar! E eu mostro, mas não como quero. Gostava que me desses votos de confiança, que me desafiasses a descobrir a tua história. Tens de perceber que não consigo passar a vida quieta, não consigo assentar numa relação tornando-a rotina. Morro com rotinas, com corações a toda a hora e com proximidade a mais. Preciso do meu espaço, preciso de tempo para sentir que em fazes falta e saudades. Mas sobretudo, preciso de descobrir mais de ti. Dás-me sede de ti, como estar a morrer desidratada, saber que tens água fresca e não poder bebê-la porque... Simplesmente, porque não deixas! Mas deixa. Eu guardo os teus segredos todos se estiveres disposto a contar-me, eu procuro mais de ti e ajudo-te a resolver os problemas que moram contigo, porque lembra-te que também os tenho! Gostava que funcionássemos como um só, mas enquanto não em contares o que te perturba, isso não vai acontecer. Eu não sou bruxa e - ainda- não consigo adivinhar os teus problemas. Só queria que falasses comigo, mesmo que isso seja o teu feitio, tal como tu dizes. Sempre foste assim e não vais mudar. Moldar não é mudar, e se não te moldares eu não vou saber como te encarar. Ah, e um mês. Parabéns a nós!
segunda-feira, 15 de julho de 2013
deixa-me limpa
Ultimamente, escrever faz-me confusão... Como se já não soubesse fazer combinações entre letras e sentimentos, e ler tem sido o meu abrigo. Escrever limpa-me, mas eu agora tenho um detergente purificador e estou bem limpinha. Mas esse detergente, não consegue limpar partes de mim... Ainda. Há cantos que ficam por limpar e, a culpa não é dele. A culpa é apenas dos cantos que existem, não dele que não chega lá. E os cantos são muito meus, e eu não sei se quero que ele chegue... Há sítios nossos, que por muito sujos que estejam, não vale a pena limpar. É a nossa sujidade, e chegamos a ter um carinho por aquilo que não está assim tão bom quanto devia, mas que é nosso. É nosso e ninguém nos pode tirar! Então tirando esses cantos, ele chega a muitos sítios que eu preciso que chegue. Os outros, são aqueles que eu preciso de escrever para purificar; que é o caso do ar que respiro dentro de quatro paredes que me cegam todos os dias. Respirar aqui torna-se impossível, e assistir a sofrimentos diários é cansativo. Custa-me mais do que muito, e sentir que as pessoas mais próximas de mim se habituam ao comodismo de serem infelizes, viverem chateadas e frustradas por não ter uma vida melhor, irrita-me mais do que qualquer pessoa possa imaginar. E pessoas... As pessoas que me envolvem, dessas eu já nem falo. Fazem os possíveis para me acalmar, mas chego a um momento em que o cansaço já é tanto, já tudo custa e nada que eles digam pode fazer com que eu salte de baixo para cima... Isto porque só o fim das discussões, dos insultos e dos gritos faria com que a minha cabeça estabilizasse e o meu cérebro continuasse a funcionar direito. Eu finjo muito, fingir não me custa e sorrir quando estou no fundo também não faz diferença. Mas obrigada. Obrigada, mesmo, por ainda haver algo que me prende aqui. E obrigada a ti, *meu alguém superior, que sei que existes*, por pores pessoas como as minhas no meu caminho. E não mo tires. Deixa o meu detergente ficar, que eu preciso de continuar limpa. Mas suja, como sempre.
quarta-feira, 10 de julho de 2013
lê-me
Por vezes caio em mim e apercebo-me de que vales bem mais do que aquilo que eu possa pensar. Tentar moldar-te parecia complicado, mas à primeira vez que te explico que não gosto assim tanto como pensas de coisas melosas, tu mudas por ti próprio. E mudas para o ponto certo, o sítio exato, em que eu nem tirava nem punha. Não afastava um centímetro do que estás! Será que isso prova que consegues ler-me? Claro que consegues. És o meu namorado e conheces-me, sabes agir comigo. Aquilo que vamos ter de aperfeiçoar são as reações, porque com as ações tu lidas bem! Pensar que não ter saudades tuas por umas horas pode modificar tudo, foi um dos pensamentos mais errados que passou pela minha cabeça, e saber que tens a capacidade de te aperfeiçoar por mim, faz-me ir às núvens e voltar! Estou tão bem contigo... Parece um sonho, muito cor-de-rosa e muito princesas, tal como eu. Lembras-te de ontem termos falado sobre exatamente isso? Estávamos a escolher que princesa eu seria, e tu deixaste-me escolher. A opção era minha. E eu vibro contigo porque pões sempre as minhas coisas nas minhas mãos. Para tornar tudo fantástico, só te peço que me leias. E não tenhas medo, porque aqui... Aqui é tudo nosso, e ninguém vai ter espaço para te gozar. Nos meus braços estás seguro.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
racionalização de sentidos
É sempre mais fácil sentir do que racionalizar o que se sente, mas eu preciso sempre de respostas. Não sou capaz de chagar ao fim de um dia, mesmo que estejas exausta, sem racionalizar todos os acontecimentos; sem saber se agi bem ou mal, sendo que por vezes até penso em maneiras de melhorar coisas que já passaram, que já não podem de qualquer maneira ser alteradas.
Hoje, após uma racionalização das minhas bastante apuradas, apercebi-me de que após um dia inteiro sem falar contigo, não me custou assim tanto. Sinto-me uma cabra. Não tive saudades tuas, e possa, tu tens uma grande importância na minha vida, não é? Desculpa. Sinto que tenho de te pedir desculpa, e nem sei porquê. Provavelmente eu não senti saudades porque sei que estamos bem, que estavas informado, que sabias que não consigo comunicar, e que estavas descansado. Apesar de não me teres dito que tiveste saudades minhas, eu sinto-me mal por não as ter tido. Acho que passava bem mais uns dias sem falar, e isso está a atormentar-me mais do que possam imaginar… Porque não está certo. Porque já passei por outras relações, e sei bem como ficava sempre que não podia falar com a pessoa a toda a hora. Bem, esta é a parte má! Agora, como a minha vida anda muito cor-de-rosa, ainda há a boa: Isto pode estar a acontecer porque a nossa relação não é sufocante. Eu vivo sem ti, mas vivo melhor contigo. Basicamente funciona assim, e sei que isso não é mau de todo, mas faz-me pensar que não sou louca por ti, não te amo, não sou perdidamente apaixonada e provavelmente só o tempo fará com que isso aconteça… Tenho medo de não estar ao mesmo nível que tu, tenho medo que daqui a uns tempos a relação fique rotina, fique algo muito batido e nada excêntrico. Detesto rotinas, mas caio sempre nelas. Detesto pessoas melosas, mas sou uma delas contigo. Será que eu não sou eu, quando eu quero juntar-me ao tu para dar o nós? Tenho medo. Só não quero deixar-te cair.
Hoje, após uma racionalização das minhas bastante apuradas, apercebi-me de que após um dia inteiro sem falar contigo, não me custou assim tanto. Sinto-me uma cabra. Não tive saudades tuas, e possa, tu tens uma grande importância na minha vida, não é? Desculpa. Sinto que tenho de te pedir desculpa, e nem sei porquê. Provavelmente eu não senti saudades porque sei que estamos bem, que estavas informado, que sabias que não consigo comunicar, e que estavas descansado. Apesar de não me teres dito que tiveste saudades minhas, eu sinto-me mal por não as ter tido. Acho que passava bem mais uns dias sem falar, e isso está a atormentar-me mais do que possam imaginar… Porque não está certo. Porque já passei por outras relações, e sei bem como ficava sempre que não podia falar com a pessoa a toda a hora. Bem, esta é a parte má! Agora, como a minha vida anda muito cor-de-rosa, ainda há a boa: Isto pode estar a acontecer porque a nossa relação não é sufocante. Eu vivo sem ti, mas vivo melhor contigo. Basicamente funciona assim, e sei que isso não é mau de todo, mas faz-me pensar que não sou louca por ti, não te amo, não sou perdidamente apaixonada e provavelmente só o tempo fará com que isso aconteça… Tenho medo de não estar ao mesmo nível que tu, tenho medo que daqui a uns tempos a relação fique rotina, fique algo muito batido e nada excêntrico. Detesto rotinas, mas caio sempre nelas. Detesto pessoas melosas, mas sou uma delas contigo. Será que eu não sou eu, quando eu quero juntar-me ao tu para dar o nós? Tenho medo. Só não quero deixar-te cair.
sábado, 6 de julho de 2013
nos com nós
Este calor consome-me a alma e transpira-me o corpo. Não consigo pensar e de-me levar pelos impulsos que ninguém percebe, e acabo por transpor sentimentos da fantasia para a realidade. Explicar o que sinto e sentir o que quero não é definitivamente nada fácil! Mas eu sei que quero ficar contigo. Saber se te amo, já é um avanço demasiado grande para umas pernas (nada) pequenas como as minhas. Por muito que as minhas pernas sejam grandes, por muito que a nossa relação seja ótima e bem possível de resultar, o medo invade-me segundo após segundo. O melhor de nós, é que partilhamos ambos de medos iguais. Inseguranças, falta de confiança em mim, e falta de confiança em ti. Eu gosto de ti, e gosto da minha liberdade. O meu maior medo, no meio de tantos outros escondidos numa caixa psicológica, é sem dúvida que te choques com a minha liberdade. Preciso que a aceites no meio de nós, preciso que compreendas que não a podes questionar assim tanto, porque ela faz parte de mim e eu não vivo sem ela. Sei que és controlador porque quando não foste, magoaram-te, mas, por favor, confia em mim. Eu não te magoo, ou pelo menos farei de tudo para que isso não aconteça! E ai, isto está a soar-me tão superficial... Só preciso que deixes as inseguranças, que te foques em mim e que te segures ao que te faz bem! Prometo fazer-te feliz. E prometo lutar contra tudo e todos para cumprir a minha promessa. E no meio de tantos "prometo", prometo também curar-nos. E ser feliz com o "nos" que dá lugar ao nós.
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