"descomplicação."

Tenho as minhas ideias trocadas. Tão trocadas que nem sei como me explicar, nem sei bem aquilo que estou a sentir. Dói-me a arriga! Dói-me tanto, mas tanto, que nem consigo rir-me nem tossir. Dói-me a cabeça, mas isso é do raio das pessoas que me tiram do sério, assim como tu. Mas a verdade é que hoje não foste, e eu nem sei porquê. Ao contrário dos outros dias, não me deste uma justificação. Mas ao contrário dos outros dias também, eu não quero saber. A verdade é que não quero mesmo saber. Se calhar se fosse noutro memento eu acreditaria que isto de não querer saber se deve ao facto de querer antes saber de outra pessoa, mas não. Não quero saber de nada, nem de ninguém. Isto não sou eu, mas esta é a realidade do que sinto! Caramba, estou tão superficial! Mas isto é bom, porque independentemente daquilo que os outros sintam, eu sinto aquilo que quero sentir, e ignoro o que não quero. Provavelmente não é assim tão fácil, e isto é uma questão de tempo até voltar tudo à 'normalidade-de-sentimentos-esquisitos-e-estranhos', mas por enquanto estou bem assim! Não tenho saudades, e o meu telemóvel quando tiver que tocar, toca! Ou então se não tocar e eu precisar de alguma coisa, eu sei o que fazer! E esta sou eu, descomplicada. 

Começou. Tudo de novo. Todos os sentimentos de revolta, de insegurança, e de raiva. Ontem tudo veio ao de cima, por uma simples palavra, e um simples ato. É verdade que eu dou importância em excesso a alguns atos, mas caramba, era preciso aquela cena toda? Não percebo as pessoas! Ou melhor, há pessoas que não percebo. E ontem descobri da pior das maneiras duas personalidades. Quer dizer, não descobri... Eu no fundo, mas bem no fundinho, já sabia. Mas como sou uma Miss Esperança, estou sempre à espera que as pessoas melhorem, e que fiquei boas e preocupadas com os outros quando a essência é egoísta. (Acorda, Mafalda. As pessoas não mudam.) Agora, visto tudo isto, tenho duas hipóteses: ou crio o meu mundo das maravilhas e ignoro o resto, ou vou passar a sofrer cada vez mais ao longo do tempo. Como eu ainda tenho algum amor-próprio por aqui algures guardado no meu interior, escolho a primeira opção. Então cá vou eu, escolher o meu mundo. Acho que o vou pintar de cor-de-rosa e lilás muito clarinho, vou levar para lá alguns dos meus vestidos de princesa, vou levar alguns dos meus relógios, para não me perder no tempo, vou levar o meu shampoo que adoro, vou levar as minhas malas cheias. Mas deixo cá a falsidade, a hipocrisia, a estupidez, e o fracasso. Ou seja, não posso levar pessoas possuidoras desses defeitos para o meu mundo. Aberta a fase de castings, queridos e queridas. 

Eu tinha de escrever aqui, no meu cantinho de sonho. No sítio onde eu ponho tudo à minha maneira, bastando-me ir às definições. Aqui onde toda a gente me compreende, ou pelo menos, num dos únicos sítios onde me sinto verdadeiramente compreendida. Tinha de vir aqui fazer a minha terapia da depressão, se bem que hoje isto está um bocado complicado. Não correu bem, não correu nada bem. É que nem amigos vamos ser, como tu disseste que íamos. Porquê que ainda acredito em coisas improváveis? Mas caramba, já devia estar habituada! Afinal isto tem dado sempre para o torto, no que toca a esta coisa dos amores, ou paixões, ou paixonetas, ou o que lhe quiserem chamar. Afinal isto comigo nunca resulta, mas isso é tudo por minha culpa. Quer dizer, não é tudo, mas é grande parte. Também não me vou culpabilizar assim tanto, é que o masoquismo mata. Mas só me apetece gritar, ou esganar alguém, ou correr. Sim, correr! Correr como se não houvesse amanhã, e depois ir tomar banho ao mar. Quero correr, e depois ficar com tão poucas forças, que nem teria lugar para mágoas ou raivas. Quero ir à praia, agora! Exato, quero ir à praia agora! Vou para lá e sento-me, a apreciar o mar. Sento-me, deito-me na areia. Quero olhar para as estrelas, e garantir que serei feliz.

“Talvez não seja amor. Talvez seja algo bem parecido ou talvez seja algum sentimento disfarçado. Vai que é paixão; aquelas paixões de verão. Mas pode ser carência. Isso, carência. Mas e se for falta de atenção? Se for uma necessidade extrema de um abraço apertado, de um beijo bem dado? Mas também pode não ser nada. E isso me preocupa. De todas as coisas possíveis. Só não pode ser ilusão. Não pode ser.”

Bom dia! Hoje acordei extremamente cedo, mas ainda assim estou bem disposta. Hoje é sexta feira, e daqui a umas horinhas estou eu na sala-de-aula, com a minha (linda) turma, a olhar para a minha (querida...) diretora de turma, a saber os horários, a matar saudades de tudo. Tenho medo de algumas receções, é verdade, mas caramba... Não posso estar sempre com medo de tudo, pois não? Qualuqer dia ganho uma doença qualquer do medo, ou então nem saio de casa só com medo. Vai, Mafalda. Enfrenta. Ergue a cabeça, e anda sempre. Ou então para... Mas só para o cumprimentares. 

"I'm bulletproof, nothing to lose
Fire away, fire away
Ricochet, you take your aim
Fire away, fire away
You shoot me down but I won't fall
I am titanium"

Ora bem, as minhas lindas férias estão a acabar, e o meu breve resumo delas é: passaram rápido, mas foram boas. Deram para relaxar, descontrair, e pôr as minhas ideias no lugar. Coisa que já não é má de todo, porque isto de me pôr as ideias no lugar dá sempre muito trabalho. Acho que estou definitivamente preparada para conhecer pessoas, personalidades, mentalidades... Tudo. Estou preparada para um novo ano, e só espero não me apegar a nada e muito menos a alguém. Ai por favor, não me deixem apegar-me a alguém!!!! É que se deixarem, vou tornar-me fraca outra vez, e este excerto da música já não vai fazer sentido algum. Eu não quero isso, e vou tentar lutar contra isso com todas as minhas forças! Quero ser e sentir-me interessante, quero ter conversas interessantes com todo o tipo de pessoas interessantes, isso sim. Mas prender-me, agarrar-me, solidificar-me só numa... Não. Não, por favor! E curiosamente, apesar desta força toda com que estou neste momento, tenho um bocadinho de medo do reencontro com ele. Mas eu não vou sentir nada, vou controlar-me, e vou ser forte! Tal como nem sempre fui, mas como tenho sido. E adoro-me por isso.

" Marry me Juliet
You never have to be alone
I love you
And that's all I really know
I talked to your dad
Go pick out a white dress
It's a Love Story
Baby just say Yes " - Taylor Swift - Love Story. ♥♥

“Se nada nos salva da morte, pelo menos que o amor nos salve da vida.”

Uma vida com amor é sempre tão mais recheada, tão mais limpa, e tão mais fofa! Juro que gostava de sentir isso do amor, mas obviamente que não agora. Por acaso gostava de sentir essas coisas muito lindas que as pessoas dizem de acordar ao lado da pessoa que amamos, de partilhar os mesmos espaços, de sentirmos mesmo essas coisas todas de sermos completadas com alguém. Mas o amor tem sempre aquele outro lado, aquele que é escuro e nos faz ficar escuros também. Mas será que estamos preparados para essa tal escuridão? Eu admito que não estou, porque sou imensamente nova e estou aqui é para viver a vida, sem apegos e sem obrigações para com o amor. Mas às vezes gostava de ter uma pequena noção do que isso é, só uma pequenina... Só mesmo para matar a curiosidade.

                            É DESTA QUE ME DEIXAM ACREDITAR EM PRÍNCIPES? ♥♥♥♥♥♥

“Nossas escolhas estão bem aqui, no coração. Não pense que está no colo de um, na mão de outro. Não se adie, por favor. E não se entregue. Aconteça o que acontecer: não se entregue. Não mude seu jeito por ninguém. Mude suas caras, bocas e trejeitos se quiser. A gente é o que é e quem não gosta, paciência. Não se traia, não se mude, não se mova. Seja você.”

Ainda bem que voltei a ser eu, e ainda bem que voltei a gostar de mim. Ainda bem que estou em alta, e ainda bem que me sinto lindamente com a minha vida de agora. Ainda bem, mas ainda bem mesmo, que me sinto desta maneira. Ainda bem que nada nem ninguém está com intenções de me parar. 

“O problema é que eu sonho demais e nada acontece.”

“Basta olhar bem no fundo dos meus olhos, para ver que já não sou como era antes.”

Espero que toda a gente compreenda esta minha necessidade de mudar. Espero que percebam que está a ser complicado ficar igual a sempre. Espero que me apoiem, espero que me ouçam e me adorem. Mas esta minha mudança passa por esquecer a opinião de 99% de pessoas que não gostam do que sou. 

"Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try, to fix you" - Coldplay.

Tenho saudades de ter alguém para cuidar, e para consertar. Tenho saudades de risos por nada e por tudo. Tenho saudades de pessoas, de personalidades. Tenho saudades de ter posse para escolher o  meu próprio futuro. Mas estou preparada para a reviravolta. Estou preparada para a nova montanha-russa que tenciono entrar e permanecer. Ah, e comecei a pôr maiúsculas depois de um ponto final, porque me apetece mudar. Mudar tudo.

"Com voce, eu não preciso fazer joguinhos,não preciso fingir desinteresse quando na verdade me entregaria pra voce ali mesmo, no chão, na sala, no sofá. Não preciso mostrar que tenho modos, que sou feminina e que não falo palavrões, quando na verdade eu não tenho modos, e falo todos os palavrões possiveis quando estou brava. Voce sabe que eu sou assim, sabe que quando fico brava não consigo sorrir pra ninguem, fico brava e pronto. E é um alivio não ter que fingir, não ter que mostrar que sou forte, que não ligo, porque eu sei que quando eu desmoronar eu terei voce pra me segurar em seus braços e desabar tudo o que eu fingi ser a minha vida inteira. E fingir pra voce é perda de tempo, voce me decifra em um olhar, voce me ganha em um abraço, e mesmo expondo minha fragilidade, meus sentimentos, eu não sinto medo, porque quando eu não acredito mais em mim, voce me traz de volta. Não, eu não sinto medo porque voce é parte de mim."
— Valéria Santos

agora eu explico: é esta a minha relação de sonho. quero espaço, mas sem exageros. quero um mundo próximo, mas distante. quero que me conheçam, sem ter de esconder. com margem para erros, com margem para distâncias, e sem margem para traições. mas... é de sonho. e não posso idealizar tanto. e também... as coisas conquistam-se. não é verdade?

I JUST WANT TO BE WONDERLAND OF SOMEONE.

por vezes gostava de ser menos radical comigo mesma. gostava de conseguir dar a volta por cima das situações com tanta facilidade que nem sentia quase nada. é que eu penso que por uma única pessoa não gostar de mim, daquilo que eu sou, ou por não a conseguir cativar, o resto do mundo vai sentir o mesmo. mas não. em milhões e milhões de pessoas, todas somos diferentes. e aquilo que não cativa outra pessoa, pode cativar-me a mim. e só por eu não cativar uma pessoa, não quer dizer que não cative outras. mas eu parto do principio que é difícil gostar de mim. parto do principio que não sou interessante, e que valho pouco. mas... teremos nós consciência daquilo que somos? eu acho que não tenho. só sei que não sei lidar com indiferença e com egoísmos. sei que não gosto que mandem em mim, sei do que gosto. mas nem sempre sei como sou. e acho que é isso que me faz ser... diferente, para muito melhor, tal como tu dizes.

“Sabe de uma coisa? Não, você não sabe. Vou te contar. Eu ando tão sensível. Precisando assim de uma palavra suave, de um gesto inesperado - e belo. Você consegue me surpreender de um jeito bom? Diz que sim, preciso tanto de você. Que coisa louca essa: a gente precisa de alguém. Mas, sabe, a gente sempre precisa de alguma coisa que nos coloque no eixo. Ando meio fora dos trilhos, se é que você me entende. Andei pensando na vida - é, sei que isso dá calafrios…”
— Clarissa Corrêa