tenho de escrever aqui. tenho falhado um pouco, é verdade, mas estava mesmo à espera deste momento de aperto para conseguir esvaziar tudo aquilo que ando a sentir há tempos. tenho saudades. tenho tantas saudades, que quase rebento por dentro. aliás, eu já sinto mesmo o meu coração a rebentar! não sei se consigo explicar isto como quero... é que eu preciso de me sentir perto dele. preciso de sentir o cheiro, o carinho, o olhar. mas tenho medo que isto seja da minha estúpida carência que aparece quando eu menos preciso dela. ou melhor, eu não preciso dela, nunca!! é que ela faz com que eu lhe queira mandar mensagem quando devia ser ele. não é? ele é que agiu mal. ele é que me deixou aqui, sozinha mas acompanhada. quer dizer, não. fui eu que pus um ponto final em tudo, em tudo o que significa nada. em tudo o que nunca aconteceu, mas que estupidamente eu pus um ponto final. e andei dois meses com o ponto final posto, e fechei o capitulo. mas agora... agora que a carência voltou é que custa. e depois é a carência a jogar contra o orgulho. eles odeiam-se. mesmo que eu não queira, e mesmo que eu me detesto por isso, eu cedo à carência quase sempre. é como quando amamos uma pessoa acima de tudo, e ela nos parte o coração por qualquer motivo estúpido, mas depois vem com aquele sorriso pedir desculpa, e pronto... desculpado. aqui, comigo, é igual. o meu orgulho está sempre presente, mas se a carência chega, eu cedo. mas não cedo. é quase sempre. mas hoje não cedi... pelo menos hoje. se calhar amanhã já não vou ser tão forte e vou ceder, mas hoje não. hoje precisei do meu espaço. precisei de vir aqui escrever coisas que nem eu percebo... mas também não vou tentar mudar o texto para ficar bonitinho. vou deixar assim. querem um rótulo do texto? aqui têm: mafalda baralhada, mafalda orgulhosa, mafalda anormal por não se deixar levar, mafalda forte, mafalda fraca. mafalda no seu momento de fracasso fortificado.