sábado, 16 de junho de 2012

eu sou alta, ela é baixa. eu sou fraca, ela é forte. eu sou preguiçosa, ela é despachada. eu sou complicada, ela é prática. eu sou chorona, ela não demonstra sentimentos. eu sou simpática para toda a gente, ela é só para quem gosta. eu não sou seletiva, ela é. eu dou oportunidades às pessoas, ela não. eu sou calma, ela é irritada. eu reajo por impulso, ela pensa antes de fazer. eu sou boa a  físico-química, ela não. eu sou má a educação física, mas ela é excelente. eu sou ligada às ciências, ela é ligada às artes e ao desporto. eu adoro o ballet, ela nem morta praticava algo assim. eu gosto de músicas deprimentes, ela detesta isso. eu penso muito, ela nem sempre pensa. eu sou normal, mas ela é especial. e... são aquelas pessoas que ficam para sempre, sabem? aquelas que chegam quando temos 3 anos e que partem connosco. vivem toda a vida connosco. partilham o lanche quando nos esquecemos do nosso, dão-nos um conforto quando temos problemas em casa ou más notas, obrigam-nos a sorrir, conhecem o nosso melhor e o pior, e nem assim nos trocam por nada. conhecem a nossa música preferida, a nossa cor favorita, o nosso livro de eleição, o que gostámos de vestir e de calçar... ela é aquela pessoa que me sabe de cor e salteado. ela conhece-me como conhece a palma da mão, ela conhece-me e acolhe-me de uma maneira inexplicável, de uma forma única. nenhuma de nós gosta de demonstrar os sentimentos, nenhuma de nós gosta de falsidade, ambas nos enervamos facilmente, temos exteriores muito diferentes, mas interiores muito iguais. chocamos, óbvio que sim... mas não durante muito tempo. ela é aquele pilar que eu não dispenso. aquela força com que já aprendi a viver desde que me conheço, e que agora já não sei como fazer para mudar isso. são dez anos. ela é aquela irmã, aquela prima, aquela tia, aquela mãe, aquele pai, aquele irmão, aquela avó, aquele avô... ela é aquilo que ela quiser ser, porque ela consegue subir e descer, ir até à maturidade de avó para me dar um conselho. ela faz tudo por mim, não é verdade? eu sei. eu também faço tudo por ela, apesar de não gostar de mostrar isso. eu não gosto de ser melosa... eu não gosto de ser querida. eu gosto de fazê-la rir. nós rimo-nos das coisas mais estúpidas do mundo, nós todos os dias de manhã ligamos uma à outra às 7h40 da manhã para saber onde cada uma está. nós somos assim. vivemos numa rotina. cheia de risos. de lágrimas. de conselhos. de medos. de inseguranças. de partilhas. sim, eu falei em rotina... ela é a única rotina que eu tenho a certeza, neste momento, que não quero quebrar nunca. ela é a minha coisinha fofinha, o meu docinho, a minha cabrinha, a minha pequenina, a irmã que eu nunca tive, a miúda mais espectacular deste mundo... ela é a minha melhor amiga. 

1 comentário:

nunca se esqueçam que opiniões sempre servem para melhoras!