segunda-feira, 2 de abril de 2012

tempo para mudar.


Bem, hoje estou num dia de angústia, em que todos os meus medos vêm ao de cima. Para ser sincera, tenho mil e muitos medos, mas há um que predomina. Tenho medo de não conseguir alcançar os meus objectivos, tenho medo de um dia olhar para trás e pensar “oh meu deus Mafalda, perdeste tanto tempo de vida! e agora? Nunca mais vais conseguir recompensar esse tempo que perdeste ocupando-te com NADA”. Tenho medo de ser mal interpretada por coisas mínimas, tenho medo de perder os meus amigos, tenho medo de chegar a ficar sozinha no mundo. Mas acima de tudo, tenho medo de perder. Perder a família. Perder as pessoas que me puseram no mundo, que me deram a vida. Vocês já se puseram no lugar de pessoas que perderam os pais, os avós, os tios, os primos? Vocês já se imaginaram sem uma pessoa para ir às reuniões escolares, sem uma pessoa que vos dissesse para não levar esta ou aquela camisola porque íamos ter frio, sem uma pessoa que embirra connosco por tudo e por nada, mas que nós amamos acima de tudo? Eu tenho medo disso. Tenho medo de, algum dia deixar de ter uma pessoa para me acompanhar a comprar roupa, uma pessoa para me acompanhar aos jogos de futebol, ou para me encaminhar, aconselhar, amar. Porque por muito que nós tenhamos alguém que nos ame, nos acompanhe para essas coisas todas, pais e família será sempre algo que nós não podemos dispensar. E agora pensem numa coisa; nós choramos e dizemos que estamos mal, pensamos ter os maiores problemas do mundo quando um simples rapaz nos deixa, ou até mesmo quando temos uma pequena zanga com  uma amiga (porque as nossas vidas consistem num ciclo vicioso de conhecermos, conquistarmos, namorarmos, zangarmos, voltarmos, acabarmos de vez, e depois chorarmos e ficarmos em baixo durante meses, ou até anos), e nesses momentos nós pensamos que o mudo caiu aos nossos pés, parece que é o nosso fim, parece que não há nada nem ninguém que nos possa pôr feliz, nem mesmo essas pessoas fantásticas que sempre nos apoiaram. Até que um dia, nós acabamos por tentar enterrar essas recordações na areia, na terra, no mar, ou até mesmo debaixo de uma caixa qualquer no nosso quarto. Nós somos tão parvos, tão egoístas, tão estúpidos que achamos que a família é o nosso pilar e que vai lá estar sempre, que mal nos lembramos que eles existem, e nem estamos assim tanto tempo com eles porque supostamente, os amigos e os namorados (que nem toda a gente tem) são a nossa vida, mas enganamo-nos tanto, tanto! Eles são parte da nossa vida, mas nós temos de dar valor aos pilares, temos de fortalecê-los, temos de continuar a dar valor, porque senão um dia vamos arrepender-nos e pensar que devíamos ter feito isto ou aquilo, quando na verdade não fizemos e desperdiçamos tempo a mais da nossa vida com coisas secundárias, terciárias. Então pensem nisso, eu já pensei, e sei exactamente aquilo que vou fazer. 

5 comentários:

  1. AMO(-TE), TOU AQUI SEMPRE FOFAAAAAAAAA!
    também deprimi muito hoje mas tou como nova agora, winda

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  2. tu percebeste o que quis dizer. leva tempo mas não é muito difícil e muito menos impossível, enquanto isso cuido de mim.
    tomei a decisão certa e sei disso, precisei desta evolução para me sentir como nova.
    THANKS FOR EVERYTHING ! ♥

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  3. como tu! e isso é tão normal, já sabes o que penso! FORÇAAAAAAAA!

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  4. Oh, são promessas parvas! Mas não falava das promessas, falava daqueles planos fofos, que as pessoas fazem mas ambas sabem que nenhum se vai realizar, é só para "adoçar" alguma coisa, entendes? Acho fofo!

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  5. Bem kida, não tens que te estar a martirizar a pensar no que será a tua vida sem as pessoas k mais amas e os teus pilares, faz o exercício contrário: aproveita intensamento o tempo que passa com eles, abraça, beija, acarinha, conversa até às tantas, acredita que são esses momentos que devem ser vividos com a máxima intensidade:)

    Não te imagines sem as pessoas que te amparam, que estarão sempre lá para ti, porque mesmo que elas um dia partam para outro mundo, jamais morrem em nós:)

    E sim, um dos pilares é a nossa família e por vezes não valorizamos isso, colocamos outras coisas em detrimento deles mas isso faz parte, pois infelizmente a nossa família não está sempre connosco, os encontros são esporádicos mas também sabemos que quando precisamos duma palavra de conforto e de umas boas gargalhadas, será a instituição família a prevalecer:)

    São as pessoas que mais nos amam, embora por vezes possam não o demonstrar da melhor forma mas não duvides que são aqueles que mais bem nos querem e que gostam de nós desinteressadamente:)************

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nunca se esqueçam que opiniões sempre servem para melhoras!