Hoje, na segunda aula de português do secundário e enquanto a professora explicava como obter pontos redigindo um texto, introduziu-o por palavras vagas seguidas da frase "Vou falar-vos de saudade, esta palavra cujo sentido é único da língua portuguesa". A saudade... Por vezes sinto-me uma privilegiada por não saber o que significa.Todos os dias recebo um beijinho dos meus pais antes de ir para a cama, é a minha mãe que me acorda e antes de sair de casa despeço-me deles. Ao fim do dia, quando chego, são a eles que conto as peripécias das horas em que estive distante e são eles quem enxaguam cada lágrima de cansaço que derramo ao jantar. Mesmo quando as lágrimas são silenciosas ou quando se tornam em revolta para com algo inexplicável, são estas duas pessoas que me apoiam incondicionalmente, e é por mim que lutam de forma desenfreada cada dia das suas vidas. O resto da família eu vou vendo sempre que posso, e os amigos...Os verdadeiros amigos estão do meu lado via móvel e pessoal, sempre que possível. Saudade é perder alguém, viver sem essa pessoa. Saudade é partilhar países diferentes, ou mundos opostos. Uns no céu e outros na terra. Saudade é quando finda o dia e não temos como demonstrar aos seres mais importantes que algum dia poderão existir que os amamos de corpo e alma, mesmo que para essa demonstração seja necessária uma discussão forte e acesa. Amar também é discutir! Estou certa de que nenhum ser humano , em algum momento da sua vida, está preparado para perder os seus progenitores e isso é algo que me aterroriza mesmo muito. Não há nada que mexa mais comigo do que este medo que se desloca comigo para qualquer lado que vá, nem pessoas que eu valorize tanto como aquelas que mantém o seu sorriso mesmo depois de algo tão violento lhes ter acontecido. Há pessoas muito valentes, e a verdade é que só descobrimos a força que temos quando a única solução é usá-la. A todos você, com certeza mais sábios do que eu pelo conhecimento da saudade, garantam-me que só em torno sábia nessa perspectiva quando deixar de existir.
sábado, 20 de setembro de 2014
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Com as músicas ditas habituais no volume máximo, com os fones nos ouvidos e a meio da interrupção de cerca de seis conversas, encontro-me comigo. Não sei se acredito nessas coisas de meditações, almas, espíritos, karmas, terceiros mundos... Sei apenas que neste momento consigo voar para dentro de mim, conhecer cada respiração e cada aperto mais profundo. Sei de cada pedaço do que sinto assim que me deparo com o meu teclado preferido. Ultimamente não têm surgido temas ou até mesmo vontades para este tipo de coisas, mas hoje é o dia. Não sei exatamente se o facto de amanhã iniciar uma nova fase da minha vida está a influenciar o meu estado de espírito, mas sinto-me com tantas forças para ultrapassar tudo! Sinto-me como se cada acorde mais grave me salvasse do terror mágico que se avizinha. Acabei de verificar da forma mais estranha que quando lutamos muito por algo, a vitória vem viver connosco. Não importa qual a fase da nossa vida- se um fim de relação, se uma perda, se um susto- o que importa é superarmo-nos a nós mesmos. O que está na base de tudo é a nossa força interior, e essa só vem ao de cima se puxarmos por ela. Puxem por vocês, assim como eu puxarei por mim. Estou disposta a dar-me ao mundo! Estou disposta a ser feliz e lutar pelos meus objetivos. Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida!
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