Menos de vinte e quatro horas. Menos de dois dias. Contar as horas só iria aumentar as borboletinhas (borboletonas, na realidade) que voam sobre o vento inexistente do meu estômago e que batem contra todas as extremidades que possam nele existir. Adoro este sentimento de ansiedade, e amo mais o de adrenalina. Pode ser a última vez que me corra esta sensação pelo sangue, pode ser o último exame de ballet, podem ser os últimos risos e saltos dados em frente a pessoas tão fantásticas quanto aquelas que vêm de longe para se sentarem numa cadeira branca- de pele- prontas a avaliar cada milésima de passo que eu dê. Amo toda esta vivência, todo este estilo de vida e todo o ar que lá se respira. Darei o meu melhor, a minha alma voará ainda mais além de cada ponta do pé bem esticadinha. Amo, sobretudo, aquilo que faço. Quero pegar em todos os meus nervos e medos e inseguranças e transformá-las em sorrisos e magia que me envolva. No momento, vai. Sem medos. "Deixe-se fluir com a música, querida. Interprete. Dance. Não pense... Sinta o piano e dance!"
Com muito amor, todo o amor do mundo,
mafalda.