segunda-feira, 25 de novembro de 2013

my soul, my dance

Menos de vinte e quatro horas. Menos de dois dias. Contar as horas só iria aumentar as borboletinhas (borboletonas, na realidade) que voam sobre o vento inexistente do meu estômago e que batem contra todas as extremidades que possam nele existir. Adoro este sentimento de ansiedade, e amo mais o de adrenalina. Pode ser a última vez que me corra esta sensação pelo sangue, pode ser o último exame de ballet, podem ser os últimos risos e saltos dados em frente a pessoas tão fantásticas quanto aquelas que vêm de longe para se sentarem numa cadeira branca- de pele- prontas a avaliar cada milésima de passo que eu dê. Amo toda esta vivência, todo este estilo de vida e todo o ar que lá se respira. Darei o meu melhor, a minha alma voará ainda mais além de cada ponta do pé bem esticadinha. Amo, sobretudo, aquilo que faço. Quero pegar em todos os meus nervos e medos e inseguranças e transformá-las em sorrisos e magia que me envolva. No momento, vai. Sem medos. "Deixe-se fluir com a música, querida. Interprete. Dance. Não pense... Sinta o piano e dance!" 
Com muito amor, todo o amor do mundo,
mafalda. 

sábado, 9 de novembro de 2013

perdoa, dou-te anos

Depois de ler palavras das que expunha há tempos atrás, sinto-me quase que obrigada a refletir no porquê de tudo ter mudado tanto. É impossível alguém deixar de gostar de um dia para o outro, dizes tu. E tens toda a razão. Só não é impossível ir perdendo o fascínio, ir percebendo que temos a nosso lado alguém em quem depositamos demasiadas expectativas. A culpa não é das pessoas, é nossa... O sofrimento nunca anda equilibrado e o desequilíbrio é sempre bastante mais acentuado para um lado. Desculpa por desta vez eu ter deixado que se desequilibrasse para o teu, desculpa ter feito de ti quem não eras e tencionar que fosses percebendo coisas às quais nunca foste submetido e coisas que muito provavelmente nunca vais perceber; trata-se tudo de personalidades e as nossas não encaixam devido a toda a minha necessidade de ser escutada, percebida, apoiada e sobretudo elogiada. Sou uma mimalhinha  e acho que nunca ninguém me tinha mimado tanto como tu, mas desses mimos eu não gosto... Ou pelo menos, canso-me deles. Prefiro o ir e vir, o ficar e fugir, o vai e volta, as incertezas, sem seguranças, o não estar preso, o saber que tenho a vida toda para percorrer o mundo e saber que vou percorrê-lo com os meus pés, com o meu suor e não ao teu colo. Querias dar-me tudo o que tinhas, deste tudo de ti e disso eu sei, quem me dera ter sido a pessoa que tu precisavas, e as reviravoltas da vida, quase de certeza, irão fazer com que me arrependa e jure a mim mesma nunca mais desperdiçar alguém como tu. Mas, neste momento, não sou capaz de estar com alguém sem as características que eu preciso.  As desculpas já estão muito banalizadas, mas gostava de um dia saber que percebeste os meus motivos. Eu espero anos. Sou paciente.